segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Serra da Cabreira 13 Fevereiro

Este era para mim um passeio aguardado, as minhas expectativas eram várias, algumas boas e outras nem por isso. O terreno era uma das coisas que me preocupava, mas estas preocupações revelaram-se despropositadas porque temos ao nosso dispor um elemento que foi recrutado da "NASA". Ele, José Figueiras o verdadeiro homem dos caminhos de cabras...
Eram 7h e estávamos reunidos para o arranque. Colocamos as bikes no KéziaMóvel e fizemo-nos á estrada...50metros á frente uma luz no quadrante do meu carro indicava que algo não estava bem.... Era o sensor de estabilidade do KéziaMóvel, uma das bikes não se estava a sentir bem, resolvido este contratempo seguimos até Vieira do Minho.
Antes das 9h já estávamos a fazer o aquecimento até á Sra da Fé, subida durinha para um começo, mas que se fez sem problemas.
Depois da Sra da Fé,a altitude começou a revelar o evidente, a falta de graus celsius...
O frio era evidente e por isso, após conversações resolvemos caminhar um pouco para aquecer os pés, caminhada que durou até á cota dos 920m e aí se trincou alguma coisa... O pequeno almoço tinha sido cedo, por isso não podíamos facilitar.
Depois de abastecido o rato do estômago, descemos até á aldeia de Zebral...
Houve quem por lá parasse para um café, as temperaturas baixas pediam bebidas quentes.
Alguns seguiram o seu caminho, os gps's agora são quatro e por isso há mais facilidade em andamos separados em andamentos diferentes, mesmo assim os nossos conhecimentos de escutismo levam a que se deixem marcas como estas...

Depois de Zebral o caminho ficou mais interessante e levou-nos a passar por esta pequena barragem para a qual não encontrei nenhum nome...
Estamos perto das minas da Borralha, tinha sido o local escolhido para o almoço. Não é nenhum sitio épico, mas não vou dizer que é desinteressante. Esta aldeia revelou mais um café, dizem que por lá o bagaço é a 15cent...Era ver os Kézia a beber daquilo como se de água se tratasse.

Tínhamos que subir até ao alto do Talefe, e para quem estava agora a 750m de altitude, ter que ir para os 1270m ia ser complicado...
Mais uma seta no caminho, esta ao que parece quase que propucionou uma queda!
Diga-se que as setas não são para quem está perdido, mas apenas simboliza que estávamos a seguir bem o track.
O caminho estava mesmo interessante. Árvores despidas pelo rigor do inverno, outras a começar a renascer, lama e restos de neve também fizeram com que valesse mesmo a pena ter saído de casa...
estávamos nos 1000m, supostamente não faltaria muito para o alto do Talefe...
Este estradão revelou-se longo e os Kézia chegaram ao seu topo fraguementados, bem ao estilo que um final de etapa da volta a Portugal.
Aqui em cima o frio e o vento faziam com que fosse incomodo estar aqui, mas mesmo assim foi feito aqui o lanche e esta foto comprova que todos aqui chegaram!
Supostamente era sempre a descer até aos carros, o que não foi totalmente verdade, mas as subidas que se foram intrometendo eram curtas e pouco acentuadas.


Uns belos carreiros levaram-nos ao KéziaMóvel, não sem antes termos que molhar os pés para atravessar um regato, o trilho esta tapado e tivemos que improvisar...

Chegados ao fim contávamos com 57klm's, não foi muito, mas para alguns foi o suficiente para chegarem empenados. À que fazer ainda contas a uma corrente partida, um dropout empenado e vários músculos que se foram perdendo durante a subida ao Talefe(recuperados na descida). Para o registo ficou ainda os conhecimentos do Hugo, um verdadeiro poliglota no que respeita em conversações com animais.

1 comentário:

  1. Completamente de queixo caído...
    Grande discurso etnográfico... e já para não falar das ilustrações de excelente qualidade.
    As minhas mais sentidas congratulações! :P

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