segunda-feira, 13 de maio de 2013

Sra da Serra no Marão e Campanhó descansado...


Os tempos esta semana não ajudaram muito a pedaladas. O tempo(horas) e o tal comandando pelo outro senhor! Na segunda lá fui descansado para o trabalho de bicicleta confiante que no regresso podia esticar um pouco as pernas mas a chuva traiu-me tanto a mim como o Cristiano e acabamos por fazer uma volta pequena pela Sra dos Montes só para matar vicio!

Com um olho no fim de semana comecei a tentar recrutar ciclistas com estofo para tentar ir ao topo do Marão que eu já imaginava não ser tarefa fácil, mais talvez pelo alcatrão manhoso que podíamos encontrar. O regresso apenas passaria por visitar Campanhó a descer para lhe tirar medidas e arrastar-nos até casa!
 
Apareceram para a empreitada o Tico, o Óscar, Albano e o Klaser(brasa) com disposição para atacar a montanha com respeito! Com um ritmo calmo e conversador chegamos a Amarante pela estrada mais conhecida porque a intenção não seria conhecer o nosso quintal mas sim alargar os horizontes!
Em Padronelo paramos numa pastelaria porque daí em diante seria para trepar sem contar com ajudas extras! Foi uma paragem rápida e arrancamos de seguida sem grande história...
 
A principio começamos em grupo mas depois de umas rajadas de vento cada um tomou o seu ritmo desfrutando como se podia. Imaginava que o Óscar à quantidade de queixas e planos alternativos que vinha a apresentar não iria muito confiante para aquela tirada mas com a ajuda do Tico e do Brasa chegou ao topo da N15 sem vontade de parar e seguiu quase de imediato até ao topo do Marão!
Eu fiz a subida ao meu ritmo sem entrar em loucuras porque o chip de longas distâncias vinha ligado mas mesmo assim consegui fazer tudo sem parar de rodar os crenques... O Albano também lá vinha ao ritmo que achava bem, umas vezes à frente, outras nem tanto!
Para contraste do gosto em não ter parado de dar ao pedal nenhuma vez, vem o sentimento estranho de que fiquei a dever uma subida à subida. É uma frase estranha eu sei, mas desta vez tirei pouco prazer e um dia vou lá dar-lhe o troco porque ela merece! Coisas minhas...
Iniciamos o resto na subida todos juntos e assim nos mantivemos quase sempre até ao topo!
A subida é dura, bastante dura para o corpo apenas por causa do piso muito fraco e que provavelmente é pior que alguns estradões de éolicas na Cabreira mas tínhamos que levar com aquilo se queríamos ver o mundo de lá. O ultimo troço é a esticada final num pavé miserável que faz rodas de btt queixarem-se mas depois de atingido o objectivo, tudo passa e é esquecido!
O feito não é mesmo para todos, é para quem pode e não para quem quer acrescento. Já cá vim com rodas grossas e sofri, também já amei e mais que uma vez, mas com uma bicicleta destas é duro! Sublinho que a dificuldade é mesmo o piso e não a ascensão em si. Em conversa com o Brasa até comentei que é uma pena não haver quem gaste uns euros naquele bocadinho de país para o tornar mais manso... Se me sair o milhões um dia destes tratarei disso!
Mas a dureza ainda não tinha terminado. Tínhamos de descer pela mesma estrada e em terrenos assim ainda é pior descer que subir! Com calma e jeito fomos contornando as pedras em direcção à N15 de novo. Durante a descida o Tico fura e paramos todos para ajudar! Logo ali fica-se a saber quem vem à campeão e quem está prevenido para isto... O Tico saca de uma câmara furada, sem saber, e quando já todos gozavam da eficácia da minha bomba chegamos à conclusão que é mesmo da borracha redonda! Dei-lhe a minha também para aliviar peso e depois de bem cheia continuamos a descer.
Na estrada falamos que era melhor parar num café para comer e assim o fizemos já na Campeã num café da berma da N304! O Óscar achou que seria melhor regressar por onde veio e deixou-nos invocando empeno como razão... Como sempre nestes cafés pouco há para mastigar mas a senhora rapidamente preparou uns pregos no pão que estavam uma maravilha... Só precisávamos de dentes melhores, mas de resto muito bom! Daí seguimos por Aveção do Cabo e num entroncamento viramos à esquerda para contornar o parque éolico de Pena Suar e assim descer para Campanhó.
Durante a descida fomos avistando a estrada que passa mesmo no interior da aldeia e que será alvo de uma grande empreitada de certeza para juntar à dureza desta M1205 que por si só dará muito que roer... Em conversa com os meus companheiros cheguei à conclusão que no dia em que seja para lá ir ninguém vai puder nesse dia :D
A estrada daí em diante segue como até agora, ou seja, a descer e magnifica. As cores do tojo e do urze lilás dão um tom à serra muito bonito e se a isso juntar-mos um alcatrão de boa qualidade com uma cor quase branca ladeado de muito xisto que apesar das chuvas não deixa transparecer pinga de suor temos a combinação perfeita! É um prazer passar aqui e até Mondim foi um regalo apenas interrompido por um furo meu e uma rampa demoníaca de uns 200m's e que nos pôs a bufar até apanhar a N304 de novo... A rampa é tão forte que para a vergar fiz alguns "S's" na estrada e que se notam até no risco do gps visto em casa!
A história verdadeira termina em Mondim porque daí até casa foi cada um por si, todos juntos, porque o cansaço já pesava no corpo! Até Gandarela tínhamos a subida não acentuada mas longa e depois a Lameira que tem umas rampas de inicio que não são fáceis por si só, cansados ainda pior.
Em Fafe escolhemos a ciclovia para nos trazer até Guimarães e deixamos por lá o Brasa que mais uma vez se mostrou dos melhores companheiros que conheci até à data para estas coisas e o Tico virou para casa em Moreira de Cónegos. Eu e o Albano foram só mais umas pedaladas até chegar ao fim desta volta durinha mas que a mim me encheu o corpo e alma, apesar de as estradas escolhidas serem já conhecidas por muitos mas com a esticada de 2horas extra que a subida ao Marão consumiu.
Fica marcada a visita a Campanhó para o dia que ninguém vai puder então!!
O registo destes quase 3500D+ está aqui: http://app.strava.com/sra da serra marão e quem quiser ver o resto das fotos: https://www.dropbox.com/home/Fotos/Sra%20da%20Serra%20Mar%C3%A3o
 
O fim de semana só termina em cima da bicicleta quando os Kézia se juntam e lá fomos até à Falperra para ir ver os carros, não sem antes passar pela Santa Marta. Durante a subida paramos para um lanche bem animado como sempre onde o Jorge deu a volta e seguiu para casa já com a bagagem dele nas pernas.
Como o tempo investido a ver as montras junto à estrada foi bastante depois seguimos para as Taipas e daí para casa! Destaque para o velhotinhos que se mostram em forma mesmo no fim das tiradas para uns sprints estrada fora... http://app.strava.com/activities/ Falperra

1 comentário:

  1. ... Então desejas uma estrada de bom piso no alto do Marão? Que piada tem isso? As coisas boas são as difíceis de alcançar e nem todos o conseguem, por isso parabéns aos que lutam por objectivos apenas ao alcance de poucos.

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