O Team Empreitadas S.A. ainda não anda disponível para grandes acumulado muito por culpa da fraca preparação dos operários que andam ligeiramente preguiçosos. Ou então andam com mais apetência para fazer caras feias nas voltas grandes! Vontade de ir pedalar não faltava e também o sol que nos fez companhia puxava a isso mesmo.
Ás 8h da manhã já me encontrava na pastelaria a abastecer com o Albano que viria pela segunda vez para testes de aptidão porque à primeira tinha dado muitos erros e como tal estava excluído até nova oportunidade. Pouco depois chega o Jorge Silva! Um tipo cheio de frio que até a barba vinha enorme para ajudar na protecção, e juntou-se ao pequeno almoço... Não o conhecia, apenas tinha a noção que gostava de apanhar uns empenos e quando se sai de casa com essa vontade tudo fica mais facilitado!
Pouco depois estávamos a arrancar com o Pedro Indy aos comandos em direcção a Famalicão, e logo depois estariamos em Barcelos. Até aqui só um apontamento para o Tico que fez um comboio e que deu para descarregar-mos uns gajos que iam à nossa frente e logo depois viramos à direita. Uma ultrapassarem à cavalo, mas que foi divertida!
A cidade de Barcelos para mim é um quebra cabeças de estradas e para quem desenhou em casa também não é fácil fazer algo a direito e por vezes os programas também não ajudam a que nos sintamos confiantes no risco feito! Numa dessas duvidas na cidade o Indy mete os "pés" aos travões e quem vinha atrás foi ao chão. Felizmente não houve grandes marcas para registar mas foi um momento bem caricato em que voaram bicicletas, especialmente a do Jorge que até a roda saiu! Eu nem parei para ver ou ajudar, segui calmamente o caminho, afinal não sou nem médico ou enfermeiro para puder ajudar.
Depois de lambidas as feridas seguimos viagem juntos com direcção a Ponte de Lima na N306 que é muito calma e sem grande dificuldade para não travar muito o ritmo imposto pelo Jorge! Afinal já que veio para empenar, que seja à grande. A chegada à vila mais antiga de Portugal foi tranquila e aí paramos para comer alguma coisa numa pastelaria bem arranjadinha mas com uma empregada bem sisuda para contrastar!
Bem e depois de voltar à estrada viramos para uma municipal. A parte inicial eu já conhecia mas o resto era uma incógnita apesar de ter dado uma vista de olhos ao roadbook ia com receio de levar com umas rampas sem contar por isso contive-me na força despendida... Afinal o Jorge já vinha a olhar para a cassete à procura de mais dentes :D :D
Havia pontos que eu conhecia do GO120 de havia feito em 2012 a solo de btt e pelo menos as memórias entretinham-me a cabeça! Esta M524 foi uma excelente escolha do Pedro.
Tanto que o piso da descida convidava a acelerar e à vez fomos dando ao pedal por lá abaixo como se não houvesse amanhã! A única paisagem que fomos vendo foi mesmo a roda do que ia à nossa frente.
Como aquele troço passou rápido passamos para um ainda mais engraçado junto ao Rio Coura na N301 até à viragem para a esquerda, ou melhor para a Serra de Agra... Antes disso um momento de camuflagem!
A subida começa brava, muito por culpa do piso que obriga a cuidados extra mas também a inclinação inicial é bem interessante, pelo menos até à rotunda por baixo da auto-estrada, e depois a inclinação é constante com um ponto ou outro mais inclinado mas no fundo digamos que a ascensão não é muito complicada e tem uma parte muito bonita em que somos brindados com a vista sobre a foz do Rio Minho.
Continuando o contraste por entre alcatrão desgastado e bolas de pedra plantadas sabe-se lá como.
O topo está bem marcado e reza a história que os ciclistas e outros que tais gostar de pousar lá para as fotos... Nós nem paramos!
Como havia quem tivesse com as luzes do painel a piscar de tal maneira que mais parecia uma qualquer animação da feira popular paramos na Taberna do Horácio. Eu nem tinha muita fome mas como um amigo do Brasa diz que paramos muito nas tascas havia que lhe fazer a vontade, ou pelo menos aproveitar a fama! Sandes para aqui e cerveja para ali saímos de lá com o bucho bem cheio e prontos para descer por onde ninguém quer passar a subir. Pelo menos no sábado passado porque um dia destes é certo que subiremos aquela estrada!
Pelo meio tive um furo que foi rapidamente concertado para não atrasar muito. Já o suspeito do costume do dia, o Jorge, vinha com problemas nas rodas e nos membros que fazem rodar os crenques e no fim da descida optou por cortar caminho para Ponte de Lima.
Nós prosseguimos com o ritmo estúpido e interessante que normalmente aparece acima dos 150klm's e hoje lá estava ele! Na estrada de ligação a Barroselas que eu também ainda não conhecia foi um fervilhar de potência e tentativas de fuga. Os klm's restantes até casa não têm história... Ou melhor resumem-se a uma palavra: empenarcomestilo!
Para o registo ficam os 226klm's polvilhados com 3200D+
Parabéns pelo relato com acentuado acumulado de ironia!
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