Uma noite por uma pasteleira

Uma semana separou a data do convite até à sua realização.

Primeiro problema era sem duvida arranjar a Pasteleira, mas já diz o povo, não há fome que não dê em fartura e lá arranjei 3 preciosas relíquias.

Fiz o habitual papel de excursionista e arranjei malta para as bicicletas disponíveis. Éramos 4 Kézias aptos e sem experiência nenhuma do quanto custa puxar este tipo de veículo.

Tivemos uma semana para preparar as fardas e, dizem que não nos saímos mal.Chegados a Santo Tirso á hora marcada( 20h), primeiro contratempo...O arranque era só ás 21h.

Logo se tratou de ocupar o tempo, uma tasca mesmo ao lado a Motocar.

Uma garrafa de vinho e um picadinho para encher o bandulho!

Eram 21h e já estávamos mais aconchegados e foi tempo de arrancar, apresentavam-se 11 "pasteleiros" para a nossa volta.

O guia, Jerónimo, logo encabeçou o pelotão. 100metros decorridos e a primeira paragem oficial.

Uma bifana e umas quantas garrafas de vinho para aquecer.

Oficialmente aconchegados seguimos pelo centro de Santo Tirso, a boa disposição reinava e as campainhas faziam-se ouvir em bom tom.
Uma subida para aquecer as pernas na zona de Fontiscos foi o suficiente para abrir o apetite de novo! Entramos no caminho de terra que nos levaria ao restaurante.
As luzes das bicicletas não eram as melhores, mas foram suficientes para não ter havido percalços.
Chegávamos então ao restaurante.

O dito restaurante é debaixo da A3 que liga Braga ao Porto, um valente banquete estava a ser servido. Já agora, o restaurante só funciona por encomenda.

Muita e boa comida foi servida, não faltou nada, duvido que alguém tenha criticas a fazer em relação á seia!

A boa disposição e amizade era o que de melhor tínhamos para oferecer, mas aqui fica a foto de grupo dos "pasteleiros". Há algum que não esteja a sorrir?!

E um caldinho verde a estas horas?! É que sabe....

Eram 2h da manha, convinha seguir viagem, é que ainda havia muitos litros de cerveja e vinho no restaurante "Túnel" e senão saíssemos dali naquele momento só o conseguíamos fazer mais tarde, mas com ajudas!

A ultima paragem foi feita no Olímpico já no centro de Santo Tirso. Mais um Fininho!

Em resumo... Vou agradecer o convite, a quem forneceu as bicicletas, a quem aceitou o convite, a quem arranjou as roupas, a boa disposição de todos, o serviço de "catering" e ao pessoal de Santo Tirso por nos mostrarem que mundo é este das pasteleiras e o convívio que se gera em seu torno.

Uma noite a não esquecer e para ficar sem duvida no nosso repertório.

Os Kézia participantes no evento: João, Berto, Silva e Eu.

Até para a semana no Tomás.

Os Kézia no Alto Douro, 13 Março

Desde o ano passado que desejava algo como este passeio, na altura ficou em "banho Maria". Agora, e da melhor maneira tornou-se realidade.

O desejo de conhecer terras vinhateiras em cima de uma bicicleta vinha já de trás, entretanto o tempo não andava a ajudar muito e queríamos ir pedalar...Algumas pesquisas por tracks gps foram o começo e depois de alguns rascunhos o Figueiras juntou tudo e saímos de casa com um progonostico de 70klm's para fazer.

O tempo saiu melhor que a encomenda, a época podia ser outra em que as vinhas estivessem em flor, mas ainda bem que o fizemos nesta altura pois há uma imensa falta de agua no percurso e se fossemos em pleno Verão iríamos ter que beber água do rio Douro!

9h da manhã e lá estavam os Kézia prontos para o arranque! O aquecimento foi feito em alcatrão, junto ao Dolce Vita Douro, em direcção á aldeia de Bustelo.Não demorou muito até pararmos pela primeira vez para tentar perceber que tipo de vinhas são estas com tubos eléctricos nos seus pés...Os conhecimentos eléctricos do Berto vieram ao de cima e ficamos a saber o que cada pé da vinha continha!
Fica esta foto para o registo antes de chegarmos á aldeia de Vale de Açôr...
Para quem não conhece, são dois Figueiras originais e um de concorrência!
Aqui sim, paramos para o primeiro reforço! Tínhamos levantado cedo e a barriga assim o pedia.
Uma senhora simpática logo se chegou a nós e nos explicou o porque de as vinhas serem assim baixas, entre outras coisas claro....
Parte da explicação para as vinhas serem assim é o desejo sexual! Há pois, é que os senhores ao verem suas esposas "agaixadas", isso desperta neles um desejo e não é preciso dizer mais nada... Digo eu!
Pouco depois do arranque, os Kézia já estavam parados de novo, afinal foi para fazer um passeio de btt turístico/cultural que viemos! Desta feita, era o Sr Palma que nos queria oferecer uma pinga do seu vinho. Bem, eram 11h da manha, não seria cedo para beber...Pois parece que não, até eu que não bebo vinho lá meti o copo á boca.
Depois deste momento alegre e de convívio com as gentes daqui tínhamos que seguir...
O trilho tinha desaparecido do meu gps, estávamos já intrigados se não seria efeito do vinho em quem ainda por cima não bebe habitualmente... A resposta a isto é que o caminho agora era uma propriedade privada, a medo lá fomos entrando mas eis que se ouve uma voz: " Ó PAH, AI O CARA..." e fugimos por lá abaixo até á estrada! Bem há gente que pensa que leva alguma coisa para o outro mundo, e ainda por cima nem uvas havia para roubar. Já agora o nome da quinta desta criatura é "Quinta do Portêlo".

O que fizemos foi entrar na desactivada Linha do Côrgo...Que bem que se rolou por aqui fora, este caminho levou-nos quase até á Régua...

Peso da Régua, dizia eu...

Fomos cumprir a promessa de comprar rebuçados para levar para casa, e também para o que faltava do caminho. Aqueles rebuçados são autenticas bombas de calorias.

Depois de cumprida a profecia, paramos para o almoço junto ao rio.

Algo que desde criança ansiava saber foi aqui respondido, "de onde vem o plástico?"

Está aqui a resposta, são árvores que existem na Régua que dão este artigo...

Estava a contar que o Hugo trouxesse o almoço para mim, mas ele não o fez...

À fome não ia ficar, dediquei-me á pesca!

Estas pontes representam a evolução da região!

Era quase uma da tarde e tínhamos que nos fazer á estrada, pedalamos num bom rompe pernas junto ao rio, passamos então pelas margens do Douro...A Barragem de Bagaúste esta cheia e o barulho da agua fazia arrepios, mas não nos deixamos intimidar e prosseguimos, o terreno era alcatroado, mas um alcatrão bem ao estilo de uma "Calcedónia", para quem não conhece fica em Terras de Bouro.

A estrada subia bem, tinha desníveis bem interessantes, estávamos agora a ver o porquê dos 2400m acumulado que eram previstos.

Largamos a estrada, os pneus da minha bike não enganam.

A terra começou a fazer doer, uma subida foi-se revelando ao longo de 3klm's até São Leonardo da Galafura.

O grupo chegou partido, mas não empenado, esta subida mostrou que os Kézia estão em forma.

Aqui está a capela do dito São Leonardo. Aqui tem um "pinoco" que fica a 630m de altura.

Com tanto sobe e desce e sobe de novo achamos melhor um ligeiro reforço, e aproveitamos para uma foto de grupo tirada por um turista. Eu bem que pedi para tirar duas fotos, não fosse uma ficar desfocada, ficaram as duas.....

É nestes momentos que se ouve: " apartir daqui é sempre a descer até ao carro"! Pois, já foste....

Uma ligeira descida e não demorou muito até voltarmos a subir, mais um "pinoco" conquistado, este a 737m de altitude.

Aqui pudemos ver um animal bem cuidado, ao que percebemos. O dono, um cigano terá deixado aqui o seu companheiro e trocou-o por uns cavalos de uma Ford Transit para se deslocar á cidade para ir buscar mantimentos.

O objectivo agora era ir a um local que tínhamos em querer através de imagens do Google Earth que seria uma Citânia ou algo parecido.

É o Santuário de Panóias, mas já estava encerrado apesar de termos chegado antes da hora do seu fecho. Fica para outra vez.

Antes da chegada a Vila Real, tempo ainda de ver esta magnifica construção...Deve ser fresquinha no Verão.

Esta outra obra de arte ainda muito intacta, talvez por ter uma outra ponte de ultima geração ao lado.

E chegamos ao carro, meia hora antes de escurecer. Trocamos de roupa e fomos para...

A taberna "Baca Belha", local previamente estudado para ser o nosso petisco....Bem, isto de ver televisão e conhecer a zona tem muito de positivo. Esta tasca tive conhecimento dela através do que referi atrás, era mais ou menos o que eu esperava, mas saiu melhor do que o previsto.

Estacionamento á porta, mesa para 9 esfomeados e comida para a mesa...

Acho que nunca fui tão bem servido e por tão pouco, recomendo vivamente a visita a esta tasca.

Não resisti a digitalizar a conta final...

Em jeito final fica o gráfico de altimetria.

As minha ultimas palavras vão para agradecer os bons momentos que passei neste sábado a todos os Kézia que se portaram bem e aos que se portaram mal também!!!

É bom sair de casa para dias assim... :)