segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Geo Bike Challenge Arouca

Estou a demorar um bocado a arrancar este texto pois estão a faltar-me as palavras para descrever o que se sente num fim de semana como este, mas vou tentar.
A aventura de tentar fazer alguns dos percursos do Ngps 2013 começa quando no ano passado fiz um dos eventos e mais um ou dois percursos que estavam no mesmo lote, passeios esses que os fiz com os Kézia claro. No inicio do ano ao ver o cartaz colei logo na etapa de Arouca imaginando que passa-se em Drave onde tínhamos lá ido em Setembro passado, num dia de sol espetacular e um percurso feito apartir de casa com pouco conhecimento da zona! Como as recordações eram boas queria repetir a dose e conhecer mais daquelas serras... Publicitavam-se horrores e toda a gente falava que ia ser demolidor, talvez esquecendo-se que enquanto estavam a falar ou imaginar o possivel empeno podiam ocupar esse tempo fazendo algum treino para o evento. A minha ideia de treino para o evento é simplesmente dar-lhe duro durante umas boas semanas antes para no dia conseguir gerir o tempo e o corpo como quero para assim conseguir discernir quando parar, quando comer, quantas fotos me apetece tirar e também quando me apetece acelerar mais o ritmo. Acho que hoje estou feliz ao escrever isto porque vi que o esforço feito deu-me um troco invejável e também porque a experiência que vou tendo e adquirindo com os mais velhos faz uma diferença incrível! Se por um lado com o Figueiras aprendi a cautela nas contas quanto a médias, horas de luz e horas necessárias para andar, por outro lado aprendi com o Jorge a levar um rascunho com um gráfico de altimetria para de vez em quando, quando parava afim de meter algo ao "bucho" consultar onde estaria e o que me avizinhava. Ainda me falta falar no pormenor de levar roupa confortável vestida, dentro da mochila para casos excepcionais que fui aprendendo com o Silva...Ainda há a questão do presunto da perna extra, ou isso é o fiambre?! dasss... Nem sei, mas essa parte foi com o Zé :D
Para eles um obrigado especial!
 
O Paulo juntou-se a mim para esta aventura e às 5:30h da manhã estávamos na estrada em direcção à cidade de Arouca. Custa levantar assim cedo é uma verdade, mas custa ainda mais ir atrás de Ford's Transit's velhas a cair aos bocados numa nacional próxima à cidade durante bastante tempo. Já ia a enjoar daquele cheiro a gasóleo derramado mas eis que uma operação stop da gnr fez com que todas, umas 5, encostassem para nós prosseguir a nossa viagem! Chegados fomos levantar um dorsal e uma credencial para ir sendo carimbada durante o resto dos eventos. Não havia brindes e aquelas tretas que muita malta gosta de trazer para casa, uma maravilha para nós que assim nos fizemos logo em direcção ao percurso!
Arrancamos eram cerca de 7:40h e o gps indicava que estavam zero graus com tendência para descer pois o nevoeiro que se avistava na Serra da Freita não parecia ser calorento! O começo foi o que devia ser sempre, alcatrão a subir ligeiramente entrando só uns 5klm's à frente para o monte em Santa Maria do Monte. Tinha chovido na sexta e a calçada que pisávamos estava um pouco escorregadia mas a perícia venceu sempre fazendo-nos avançar com categoria cada metro até à aldeia de Ameixieira. Aí o alcatrão fez-nos continuar a ganhar altitude devagarinho até uma viragem à esquerda com uma inclinação que nem o gps queria acreditar... Não tardou até desmontar-mos para tentar aquecer os pés durante um bocadinho! À frente apanhávamos de novo solo ciclavel e começamos a encontrar o ritmo certo para ir subir monte fora.
Aqui ia comentando com o Paulo, mais falador que na semana passada, que achava que éramos os primeiros no trilho porque as giestas ainda tinham os pingos da água. Ele estranhou tal afirmação mas ambos tivemos a certeza quando na Frecha da Mizarela estava um carro da organização e nos disse que éramos de facto quem estava a abrir as hostes. Registo neste local apenas que pela segunda vez aqui passo e continuo sem lhe ver a frincha, será que não tenho sorte ou ela não se quer mostrar?!
Prosseguimos sem demora alguma pelo parque de campismo do Merujal. A humidade, este nevoeiro que se vê na foto trazia uma cor especial à paisagem e nós aproveitávamos para nos deliciar-mos com tamanhas visões! Um pouco mais à frente depois de cruzar uma estrada de paralelo trocamos umas palavras com um grupo de caminhantes que se fazia ao monte em busca da foto ideal...
A temperatura mantinha-se nos zero graus mas nem por isso estávamos desconfortáveis porque como não estava vento e subíamos a bom ritmo íamos mantendo o corpo quente o suficiente para que o nosso cérebro concentra-se forças no olhar e contemplar da paisagem das árvores despidas... Até parece poético dito assim!
O trilho entretanto começa a descer, interrompido com um entroncamento onde quem iria fazer a vertente mais curta teria que mudar de rumo, mas nós seguimos monte abaixo bem embalados até à aldeia de Cabreiros que apenas nos deixou visitar algumas das suas entranhas porque os travões só iam fazer abrandar em Candal com algumas curvas no paralelo molhado que não permitia erros. Daí para a frente foi sempre a descer bastante até cruzar o Rio Paivô. Já sabia que para contornar a aldeia de Covelo era preciso uma boa dose de esforço pois já conhecia a estrada por ter passado lá de roda fina num evento "desorganizado" pelo meu amigo Pedro Lobo e confirmo que a estrada continua com uma inclinação respeitosa para ser feita com roda 28!
A subida vai durando e nós vamos gemendo enquanto conversamos para disfarçar as dores. Perto do local onde da ultima vez tinha uma pedra em forma de tartaruga paramos para lanchar alguma coisa rápida e disse que da ultima vez tinha a tal pedra, porque desta vez não a vimos! Era cansaço talvez.
No alto começavam-se a juntar mais grupos para reagrupar enquanto que nós seguimos logo para Regoufe fazendo uma breve paragem para fotografar as minas abandonadas. O chão da aldeia estava banhado de m€rda de animais, ainda fui a pensar um bocado como vai ser na Páscoa quando o compasso fizer a visita às casas...
À saída de Regoufe tivemos de pegar nela às costas para passar um ribeiro e prosseguir por um caminho bem melhor do que a ultima vez que lá tínhamos passado...Caminho este que contornava os campos e com um pendente ligeiro lá foi fazendo mossa durante mais algum tempo até à descida para Drave. Nós conhecíamos o que nos esperava e como temos algum jeito para utilizar a bicicleta só saltamos fora da mesma já com Drave nos nossos olhos para um lanche mais demorado!
Drave continua uma aldeia lindíssima e causadora de arrepios tal como as fotos mostram.
Reparei que no sentido contrário, tal como o tínhamos feito da outra vez, conseguimos aproveitar melhor os trilhos e conseguimos estar mais atentos para a foto ideal!
Depois de comermos arrancamos a pé fazendo um bocado a empurrar a bicicleta...Aqui seguiam alguns "bicicletistas" que só se queixavam! Doía isto e aquilo, o caminho era muito duro, não há água e a melhor: "epah, não estou habituado a subir assim ao meio dia e vinte"...
Mais uma vez mantemos a calma e prosseguimos na boa e quando pudemos engatamos o cleat e prosseguimos lentamente já que a subida ia durar, e muito! À saída desta aldeia magnifica o momento mais triste é mesmo quando ouvimos a sapatilha encaixar e seguimos sentados sem conseguir olhar para trás porque a subida assim obriga e quando damos por ela já não a vemos mais para tristeza nossa...
Do alto já víamos a São Macário e o Portal do Inferno, locais de boas memórias sempre!
No estradão que passava por baixo das eólicas estava um reforço à base frutas dado pela organização e desta vez resolvemos parar para usufruir de umas laranjas maravilhosas enquanto ouvíamos as hélices ranger, sinais do tempo tal como a ferrugem que vai corroendo a estrutura que as suporta.
Não paramos muito tempo e no inicio da subida ao São Macário reparei que o percurso não iria à capela....Achei um pequeno lapso e fomos visitar o santo à procura da prometida esmola de 5euros que o Hugo havia visto numa visita anterior! Não vimos a nota, é provável que o São Macário a tenha gasto :D
Sabia que agora iríamos descer bastante tempo... Descer como quem diz, de vez em quando apareciam algumas paredes para vergar em mudanças mais lentas mas depois de embalar foi sempre a levantar pó durante uns bons klm's numa descida rápida e de piso bem bom. Já cheirava a férodo!!
Cheiro esse que se fez desaparecer quando nos debatemos com este ribeiro. Vínhamos quentes e custou um bocado perceber que não havia outra maneira de passar sem ser molhar os pés. Atacamos a água e a subida que se seguiu bem dura, dura mesmo mas foi uma maravilha para aquecer de novo até à estrada que possivelmente ia ser o nosso tapete até ao fim!
A estrada não trouxe descanso, pelo contrario, trouxe uma inclinação que precisava de respeito para não nos trazer o empeno e devagar devagarinho chegamos ao topo... Foi um descanso aquela descida até Ponte de Telhe e fez-nos recuperar bem para a ultima subida que também já conhecíamos!
O facto de conhecer-mos nem sempre é favorável porque começamos a meter ritmo forte desde baixo pensando que aquele troço de alcatrão era mais pequeno e a cada curva pensávamos "está a acabar" mas nunca mais terminava...Agora que escrevo isto lembro-me que nem por isso levantamos pé até ao topo por mais que viéssemos a ferver!
Com agrado iniciamos a descida final para o local de partida.
À chegada tínhamos uma fatia de bolo de Arouca, muito parecido ao Bolinhol, e um copo de vinho do Porto! Diziam-nos que aquilo foi o que procuramos todo o dia...
Se era aquilo que eu procurava, a resposta é não... O que procurei encontrei durante o percurso! Encontrei bons trilhos, locais magníficos, sítios para voltar um dia mais tarde, pessoas da organização impecáveis, amigos de outras andanças, amigos daqui perto como os 4Team, outro amigo que fizemos de Fafe e trouxe também uma sensação de dever cumprido e de que durante os próximos tempos vou olhar para trás e lembrar cada momento passado!
O Paulo foi espetacular em todo o dia e deu por bem entregue cada segundo passado em cima da bicicleta... Registo também que não usamos nenhum café existente durante o caminho porque levávamos mochilas de 3kg com comida que chegou e sobrou para nos satisfazer e alimentar durante o dia.

No fim de tanta palavra e de um texto que devia ser mais pequeno ainda muito fica por dizer mas acima de tudo acredito que quem investiu tempo nesta leitura sentiu quase o mesmo que nós sentimos em toda a viagem, viagem essa que ainda nos fez parar pelo caminho para uma sopinha afim de confortar o estômago e lavar o paladar dos habituais chocolates e doçarias!
Mais um dia feliz e com a promessa de repetir um dia...

Há e como nestas coisas há muita malta divertida e que vai fazendo umas coisas engraçadas vou partilhar aqui um vídeo dos Kunalamabtt feito no evento com uma dança muito na moda ao que parece: http://vimeo.com/60378352

No domingo de manhã apesar do frio resolvi fazer-me à estrada para uma volta a ritmo mais lento, havia que limpar o sangue queimado aos músculos! É uma boa desculpa para pedalar :D
Tomei o pequeno almoço com os Kézia e enquanto eles seguiram para mais uma volta bem divertida como de costume, eu segui na conversa um pouco com o Xavier que me havia cruzado na hora do arranque...A conversa foi curta visto ele estar numa montada diferente e não dar para me acompanhar! Eu segui para a Morreira, Famalicão, Trofa, Santo Tirso e casa!


Uma volta bem interessante apesar do frio inicial e deu para ver que as pernas ainda se mexiam como no dia anterior :D
 
P.S: Quando houver mais fotos de Drave partilho aqui!
P.S.2: Dia 23 há a segunda etapa do Ngps em Amares, quem quiser ir avise-me até ao fim da semana.

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Minha querida Barbie!


O fim de semana teve quatro dias e claro que andar de bicicleta está sempre na lista de afazeres apesar da chuva não ter ajudado muito à festa!
Para 2fª estava marcada uma volta com o Rui e o Albano, mas dependia do tempo que iria fazer. Fez um tempo maravilhoso com uma média de 2graus de temperatura e uma chuva que mais parecia gelo. A doença é tal que com uma cama quente a pedir que não saísse de lá houve coragem para nos sujeitar-mos aquele temporal! Se me questionarem se gostei, a resposta é não. Se a pergunta for: vais voltar a repetir? Diria que não, mas não prometo! Deu para matar o vicio....
 



Na 3fª gozando do feriado e a convite do Paulo fomos dar uma volta.O tempo já estava melhor e a ideia era apenas ir andando mas nem isso deu pois os meus joelhos estão um bocado desgastados e na primeira subida mais puxada começaram a ranger de tal maneira que tive de abortar. Consolei-me com uma passagem pela parque da Rabada para afirmar a qualidade de alguns leggings e regressei a casa com algum custo!

 
Durante o resto da semana não houve nocturnas, houve descanso e Calcitrim :D
Sábado a volta prometia e a fasquia estava alta, especialmente para a época do ano em que não se pode parar muito porque fica noite rápido e temos que manter sempre um ritmo certo! Antes de sair de casa contava com cerca de 120klm's para fazer, não me enganei muito.
À promessa de empeno respondeu o Paulo, o Albano e surpreendentemente o Zé com quem havia cruzado durante a semana enquanto eu trabalhava e ele fazia os habituais treinos à porta fechada!
O Zé só me perguntou por onde eu ia passar e a conversa ficou por ali sem promessa que ele fosse...Pouco antes das 9h da manhã nós os três subíamos por Vilarinho quando uma chamada dele me questionava se eu ia demorar muito a chegar ao Balão! Fiquei de boca aberta, mas depois pensei que na verdade o Zé é feito de ferro, daquele aço duro e nunca vira as costas a um desafio. Ele prometeu acompanhar-nos até ver que seria razoável pois tinha compromissos pessoais e também sabia que a empreitada ao ritmo que era seria demasiada para as suas juntas.
 
Mas depois do encontro com ele seguimos por estrada até Penafiel. A estrada é boa daqui para lá ajudando a que dê para aquecer o corpo! À entrada da cidade optamos por passar pelo centro para assim ver como andava o comercio, entre demais interesses que nos fazem virar o pescoço! Penafiel deve ser uma cidade boa para se viver :D
Depois de encontrado o percurso subimos à capela do Sameiro onde começamos a entrar num bom emaranhado de trilhos junto a um pequeno ribeiro e que foi fazendo as delicias apesar da sua pendente ascendente. A passagem pela Anta de Santa Marta foi o local perfeito para tirar alguma roupa e meter um bocado de gasolina ao corpo...Coisa rápida!
Daí para a frente comecei a reconhecer alguns bocados de uma passagem à uns tempos largos com os Kézia. Lembrei-me até de uma vez em que um senhor me molhou uma máquina fotográfica! O Zé já conhecia aquilo tudo para não variar. Ao vermos o marco geodésico de Luzim dispensamos o esforço de subir aqueles metros só para lhe tirar as medidas...Passamos ao lado por um trilho bem empedrado que nos fez abanar as frinchas do corpo até à aldeia de Outeiral.
Na aldeia roubamos laranjas para o almoço. Sobremesa já tínhamos garantida! Pouco mais tivemos porque quando decidimos parar num café para abastecer já passava do meio dia, o dito era muito pobre e alem de umas coca-colas apenas batatas fritas tinha para nos servir. Pela cara do dono e pelos que frequentavam o espaço acho que se alguém quisesse alguma substancia ilícita  também tinha. Por falar nisso, vai um cigarrito?
Depois de mais uma vez reconher-mos uns caminhos rurais e pelo meio de algumas pedreiras a passagem por Abragão foi feita de relance sem paragem em direcção ao rio. O Zé saiu de casa para ver o rio  e não se calava... Será que não há rio perto de casa dele? Mas pronto eu também queria descer a cotas mais baixas mas sabia que isso teria um custo... A cada vez que o caminho se desviava do Tâmega era por sitio impróprios pois boas rampas faziam-nos ter de segurar bem a roda da frente ao chão e nem sempre foi fácil.
Bem mas a certo ponto começamos a desviar do rio para começar a ganhar altitude e sem demoras chegamos a Rio de Moinhos. Eram quase 14h e o bravo decidiu que seria agora que iria cortar caminho para casa. Tomamos um café num local bem mais agradável do que o anterior e tentamos ver o melhor caminho para ele! A discussão não foi muita porque para seguir a direcção de Penafiel bastou ter passado um autocarro com um letring na frente e ele meter-se no cone. Despedidas feitas e toca a aquecer ainda mais as pernas!
Achei engraçada a maneira como começamos a trepar depois de cruzar a N106, um zig zag enquanto apreciávamos o que deixávamos abaixo de nós e enquanto o Albano dizia:"...quem quiser fraquejar eu não conto nada a ninguém..."
Avisei as tropas que tínhamos de manter o ritmo certo para chegarmos à Boneca juntos! As subidas continuavam interessante e conversava-se sobre como seria a dita... Apesar dos imensos palpites nenhum se confirmou! Chegamos em bom ritmo, diria eu até que chegamos a puxar bem apesar dos avisos mas ninguém queria dar parte fraca, apenas a bicicleta do Paulo que gemia mais que o dono... Qualquer dia ligo para a Rádio Vizela e dedico-lhe uma musica nos "discos pedidos" do Dino Meira..."vais partir...naquela estrada..."
Como eu dizia atrás, quando chegamos não havia mais nada além de uma capela que nem é da Boneca, mas sim de São Pedro! O santo coitado está ali mesmo às escuras porque está tudo fechado e o único ar que lhe entra é pela ranhura das esmolas... Lembrei-me das palavras do Jorge sobre este assunto, "se estão mortos para que querem dinheiro?"
Depois de dar cabo de mais uns chocolates seguimos à procura da Barbie...Fomos mesmo onde dizem que ela estaria mas não vimos nada! Apenas uma subida com o piso de cor meia azulada que nunca tinha visto xisto assim... Vá lá que a Boneca me trouxe algo de novo! Dali víamos o parque eólico da serra e uma estrada que a contornava e impunha respeito, muito aliás. Ficou no ar a ideia de um dia ser vergado por ela! 
Estava um pouco de vento e não deu para estar lá muito tempo a registar o momento. Fizemos-nos monte abaixo por mais um caminhos bem mais perigosos em que se conseguia atingir alguma velocidade mas a atenção tinha que vir redobrada senão podia fazer doer :S
Cabroelo trouxe-nos um dos melhores bocadinhos de terra que este país nos tem para oferecer, quer na sua aproximação, quer na aldeia ou junto aos moinhos preservados.
Depois da aldeia metemos as rápidas e quando demos por nós já estávamos em São Lourenço. Paramos num supermercado para comprar açucares de várias maneiras, quer líquidos ou em forma mais sólida e daí até casa era para ir rastejando :D
Entretanto o Zé tinha chegado a casa, eram cerca de 16:30h, com 120klm's. Segundo ele a bomba de água vertia e o motor fumegava bastante mas estava de saúde. É um valente o homem!
Nós apanhamos a estrada já perto de Paço de Sousa e para não ir de novo a Penafiel, viramos para Paredes fazendo outra vertente da estrada que ligaria a casa. Já perto de Lousada paramos 2minutos para olear as correntes porque já vinham a queixar-se mais que nós! Cada um a seu ritmo vencemos a subida até ao Balão e em Lustosa reagrupamos e decidimos virar pelo monte para Lamoso! Foi uma ideia gira já que a caminho é plano e foi feito em estilo foguete de talega engatada.
Chegamos de novo à estrada e o Paulo fez uso da luz que tinha para nos sinalizar até casa!
Escusado será dizer que chegamos cansados mas nem por isso nos deixamos vergar por nada e a alma acima de tudo vinha cheia... Apesar do alcatrão usado para nos deslocar-mos até ao inicio do percurso, foi muito melhor fazer-lo de bicicleta do que de carro! De resto, os números falam por si....
 
Hoje de manhã estava descansadinho no meu sono quando o Cristiano me convida para andar, fui à janela ver a roupa que era preciso para aceitar o pedido e assim foi. Uma volta pelas redondezas com um começo bem puxadinho mas acima de tudo, bem conversada e divertida! Registamos ainda alguns caminhos novos em Vilarinho que merecem outras visitas mais aprofundadas.
Foi uma semana bem recheada em que apesar das poucas voltas que não deram mais de 250klm's sempre foram cerca de 6000m's de acumulado vencidos.

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Raid das Laranjas

Esta semana não foi tão produtiva como a passada por causa da falta de tempo mas ainda assim deu para esticar as pernas na 5fª à noite numa volta de roda fina pelas redondezas mesmo para matar vicio!

 
E com o fim de semana à porta fui reunindo ideias para uma volta grande, a ideia era de novo alcançar os três dígitos no conta klm's. Andava a namorar a ideia de ir ao Sameiro e depois a São Mamede com um regresso por Gonça ou algo do género! Quem andava com a mesma ideia eram os http://www.4teambtt.com/ e a eles me juntei às 9h nas Taipas! Comigo levei o Albano e o Rocha, homem experiente no btt e estrada e que trabalha comigo e andava mortinho por me descarregar como faz com quem lhe aparece pela frente...Ideias!
À hora marcada já estávamos no local marcado para o arranque, até chegamos mais cedo porque o Rocha vinha mesmo com a ideia de me arrumar para as boxes logo de manhã. Tal facto ainda fez com que descarrega-se tantos watt's nas rodas que parti um raio a andar na estrada!
Bem arrancamos então em direcção ao Sameiro por um caminho que só o conhecia a descer até à data, a descida até Briteiros. Tenho a dizer que no sentido ascendente é bem interessante e dá sempre motivo a uma puxadela matinal. Mais uma...
A subida continuou até à Nascente do Rio Este de onde descemos pela Via Romana até à Póvoa de Lanhoso. Caminho mais que agradável e que já o tinha feito várias vezes com os Kézia e a ultima vez com o Cristiano em 2011.

Quase à chegada à rotunda do ouro uma laranjeira fez-nos abrandar para abastecer. Com autorização lá atacamos nas laranjas! Antes de comer desejávamos a sua vitamina C mas só saboreamos vitamina A!! "A" de azedas :D
Aí esperamos por mais um colega deles, o P.C. que nos acompanhou o resto do dia monte fora!
As subidas começaram a tornar-se interessantes e com inclinações de respeito sem nunca tirar diversão ao percurso escolhido que tinha traços de alguns Maria's da Fonte.
Destes picos conseguíamos ver um dos objectivos do dia, São Mamede e como tínhamos pela frente uma subida mais brava um pouco resolvemos fazer um desvio à aldeia de Sobradelo ao mini-mercado das "Duas Irmãs", por sinal ambas são bem bonitas e peludas, e abastecemos o corpo com uns bolos a roçar a data de validade e bebidas com mais açúcar!
Como não paramos muito tempo ali fizemo-nos monte acima cada um ao seu ritmo e a desfrutar como melhor achávamos. No alto um compasso de espera para reagrupar e escolher o melhor caminho para ir tomando rumo para casa! Por esta hora discutia-se como andar de bicicleta na estrada e o civismo...Mesmo no meio pedalante há inúmeras ideias diferentes, imaginem no seio de milhares de condutores!
Agora o próximo destino seria cruzar de novo a N103 e passar pela Sra da Lapa. Local também já conhecido de outras incursões com os Kézia e que vinham trazendo à memória outras imagens e de dias ainda mais solarengos e quentes.
A paragem foi curta, apenas para foto e emissão de ecos dentro da capela para acordar os santos.
A descida escolhida não foi a melhor a principio por causa dos enxurros dos últimos tempos mas depois lá se tornou interessante a pontos de se conseguirem bons pontos de fotografia.
Depois passamos pela aldeia de Soutelo e aí entramos em verdadeiros caminhos mesmo a gosto de todos acho eu... Descidas técnicas, trilhos rápidos com pedra e lama...Sempre a abrir passando pelo DiverLanhoso onde viramos à direita por uma descida louca. Descida essa que só parou quando encontramos mais uma laranjeira, já era a 3ª ou 4ª paragem à procura do néctar. Aqui aproveitou-se para decidir o melhor caminho para rumar a casa e que servisse toda a gente! O Jorge acertou e com um "eu é que sei" fez calar as tropas, algumas mais cansadas que outras sobre o melhor caminho...Chefe é chefe.
Perto de Quintela ainda encontramos um caminho bem porreiro por cima de uma penedice até cruzar um ribeiro e chegar ao centro da aldeia. Aí deixamos o P.C. à porta de casa e seguimos.
Com o adiantar da hora eu, o Albano e o Rocha seguimos pela estrada o mais rápido que podíamos...O mais rápido significa vir sempre a puxar pelo corpo quase ao máximo até Pevidém e aí contorna-mos a Sra dos Montes para deixar o Rocha em casa, enquanto que nós ainda fazíamos mais uns klm's.
Um excelente dia de btt por trilhos como eu gosto, matando saudades de alguns deles, conhecendo outros, conhecendo também novas caras entre eles o Zéca que é autor de um percurso ao qual várias vezes faço visitas pela zona de Lustosa e Barrosas. Obrigado aos 4Team pela companhia neste sábado, certamente vamos repetir a dose qualquer dia!


Ontem também o Hugo foi pedalar com os Só Trilhos Btt pelas redondezas e este domingo está o tempo que se vê e por isso duvido que os Kézia se tenham feito ao monte mas....

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Que bela semana...

Esta semana foi bem animada no que toca ao desporto pedalante.
Segunda feira perdi-lhe o medo e fiz a estreia este ano da roda fina com uma volta de 35klm's para abrir o apetite: http://app.strava.com/activities/38988674
 
Na 4fª apesar de ter chovido durante a tarde e as estradas terem ficado menos seguras, a votnade foi maior e aumentei um pouco a kilometragem para 46klm's: http://app.strava.com/activities/38988674
 
E como vem sendo hábito à 5fª há nocturna de btt. Desta vez apenas estava disponível o Paulo e a andar em bom ritmo fizemos uma visita à Assunção para poder apreciar as vistas sobre as cidades envolventes. Há a registar 31klm's com uma média interessante: http://app.strava.com/activities/39310643
Num instante chegou o fim de semana e a ânsia de aproveitar o sol fez com que eu, o Cristiano, Albano e o Rui nos juntasse-mos para uma volta à maneira e de preferência por caminhos novos. Para o Rui foi tudo novo, mas para nós a passagem por Santo Antonino já era conhecida. É dos montes que mais gosto porque as subidas são divertidas e as descidas rápidas com piso sempre bem tratado!
Daí descemos até à pista de cicloturismo onde seguimos um track fabricado em casa assim meio à pressa que nos levaria até Felgueiras. Os trilhos eram maravilhosos e incluíram passagens por algumas poças de água marcadas em trilhos pedestres, quedas de água, caminhos com piso forrado a pedra escorregadia e com subidas de boa aderência, é só haver vontade e pernas para aproveitar.
O Rui pediu para publicar esta foto para provar que foi andar de bicicleta :D
À chegada à Santa Quitéria o Cristiano e o Rui como tinham compromissos tomaram rumo a suas casas deixando o Albano comigo para andar o resto da tarde.
Não conhecia nada para estes lados e a navegação por gps estava a sair muito bem e por isso seguimos o que tinha marcado que nos levaria para Barrosas. Antes disso paramos na cidade de Felgueiras para abastecer numa padaria!
A coisa depois do almoço começou a complicar com algumas rampas dignas de respeito e o guia a começar a receber insultos quanto ao nivél de empeno imposto mas não havia nada a fazer, apenas subir. Os caminhos por meio de algumas quintas e montes bem tratados levaram-nos rapidamente até ao alto de Barrosas onde junto ao marco geodésico de "Maninho" o Albano achou que seria melhor regressar a casa porque as pernas tinham marcado um compromisso com a banheira...Aceitei o pedido levando-o ainda ao engano a subir até ao cemitério de Vilarinho com a desculpa de que até casa seria sempre a descer para ele. Abandonou-me já com 72klm's e cerca de 2000m's de acumulado.
Eu estava num bom dia e estava a saber-me mesmo bem andar, por isso resolvi subir até Lustosa e ir vendo... As pernas não se queixaram e pediram uma subida até Sanfins, acedi ao seu pedido para depois pedir-lhes para me levarem até à Sra da Assunção rapidamente. Assim foi, à chegada estava a chover e só parei para a foto que não saiu grande coisa devido à chuva. Arranquei de imediato para casa descendo até Rebordões onde fiz estrada até aos meus aposentos!
Foi uma volta muito boa mesmo em que me senti super bem chegando a casa bem motivado para voltas assim grandes...Averbamos!

Bem mas o fim de semana ainda não tinha terminado e ontem fui para o local do costume...Como tinha um compromisso a volta foi curta mas tenho a informação que para os Kézia foram perto de 60klm's pelos lados de Fafe, entre outros locais.
Esta volta teve um cariz diferente pois passou-se quase um mês desde a ultima volta juntos, em numero visível, e serviu para rever algumas caras... É possível que alguns já não se conhecessem :D
 
Devo ainda registar que ao contrario do que foi anunciado em alguns orgãos de comunicação social e até neste blog que no passado domingo não fui o único a não ter medo à chuva. Pelo que soube o Silva e o Berto também se fizeram ao monte para andar! Aguardam-se mais provas sobre o evento a dois afim de atestar a veracidade dos acontecimentos :D