sábado, 10 de janeiro de 2015

O terror da Meijoadela

O ano de 2014 terminou da melhor maneira no que diz respeito às bicicletas, respectivas voltas e também no que aos amigos diz que respeito. Muitas foram as histórias que poderia ter relatado aqui mas nem sempre foi possível fazer o gosto aos dedos, contudo as voltas de maior destaque ficaram documentadas! Durante 2014 o btt foi um pouco posto de parte, sendo que na parte final do ano, foi mesmo uma carta fora do baralho porque as costas não andavam a gostar da pancadaria sentida. Neste ano vou tentar contornar mais um pouco a situação na medida do possível sendo que irei dar preferência à qualidade dos percursos ou ideias, ao invés da quantidade de klm's percorridos. Nunca pedalei para mostrar um número respeitável senão iria optar pelas estradas movimentadas e planas, mas é certo que muitas vezes se escolhe a via "x" ou "y" porque dá uma volta maior sem matar muito as pernas. Ideias e planos tenho vários, daqui a 12 meses sabei como correu :)
 
Fica aqui uma das ultimas fotos de 2014 que foi tirada durante um momento de curtição com os amigos!
 
Logo nos primeiros dias do ano surge uma ideia de ir para a Serra da Peneda mas por diversos motivos não daria para eu fazer companhia ao Tico e ao Indy nessa degustação de calhaus. Estaria então por conta própria para o fim de semana e em cima do joelho rabisquei uma volta de estrada! À muito que tinha um pionés no google earth numa estrada que me parecia ter inclinações acima da média mas levaria até um ponto que eu gostava perto de Moscoso, que por sinal tem muitas vias para lá chegar, mas aquela marca estava lá por algo especial e devia ser pela dificuldade está claro. Na sexta à noite faço o traço final ao mesmo tempo que o Freitas se apresentava disponível para seguir, assim como o Hugo que é mais fiel à ideia de empenar que eu próprio.
À hora marcada eu estava pronto para arrancar, já o Freitas e seus habituais atrasos não seguiam a minha pontualidade britânica, nada que meia hora ao sol à seca não tenham resolvido. Pelo menos aqueci-me neste dia gelado!
Seguimos em direcção a Guimarães apanhando o Hugo para se juntar a nós, ele que também esteve meia hora ao sol a aquecer-se, e daí rumamos por Fafe até ao alto da Lameira. O ritmo imposto era abaixo do que habitualmente a gente podia seguir mas eu não estava muito confortável e na paragem num fontanário reparei que as minhas fitas do capacete já seguiam da cor do papel, aí apercebi-me que não ia ter um bom dia. Os excessos da época festiva iriam ser pagos naquele dia frio de Janeiro! Calmamente prosseguimos até ao Arco do Baúlhe onde acolhi de bom grado a ideia de parar num café para aquecer um pouco depois daqueles longos klm's de descida.
À saída da vila não tardou muito até o pavimento mudar de figura:
Duvidava um pouco se a estrada à saída de Leiradas teria recebido asfalto mas não tardaria muito para perceber isso. Carinhosamente no final da aldeia uma bela estrada nos aguardava para nos levar até Portela de Asnela e aí viramos à direita em direcção à ponte de Vilela que faria a recepção à imparável subida sem descanso que nos daria que fazer durante quase uma hora!
Enquanto tirava umas fotos os meus companheiros seguiam sozinhos, pelo menos não os fui a ouvir resmungar com quem rabiscou por ali a estrada. Daqui para a frente as zonas abaixo de 10% são inexistentes, ao que se pode juntar este piso delicioso para um Mercedes! Eu como já vinha maltratado de casa prossegui ao meu ritmo degustando cada pedaço da estrada e da sua envolvencia. O factor empeno levou-me a pensar que era melhor ir devagar do que ir atrás dos mais potentes, afinal e depois do que vi, duvido que volte a passar aqui(pelo menos que eu saiba antecipadamente).

Ali no topinho os meus companheiros aguardavam por mim. Quando cheguei vi o Freitas com algo na mão, ao primeiro pensei em proteger-me, depois vi que era o telemóvel e fechei o capo para uma fotografia! Eu penei em algumas partes da subida e não esperava que tivessem palavras bonitas para me dirigir apesar de notoriamente terem feito aquilo com menos esforço que eu. Além da foto tirada fui recebido com um sempre gostoso "vai pró c@r@lh... Kézia..."
Agora a ideia seria contornar Moscoso e suas estradas pavimentas por dejectos animais e prosseguir em direcção a Salto. Pelo caminho uma descida bonita fez-nos as delicias, assim como uma paragem para encher água! Eu que sou um poupadinho arrumei com um bidon de água só naqueles 7klm's e mais houvesse...
Dúvidas não tinha, estava num local magnifico, não admira que o Indy queira viver aqui quando se reformar. Até lá ainda vamos explorar bem isto e visitar a cada estação do ano! No local da foto seguinte no passado ano passei na primavera com neve na companhia dos amigos BttPinoco, no outono com o Team Empreitadas S.A e agora em pleno inverno. Paisagem sempre diferente, sempre fantástica!
Até Salto nada de novo, usei a estrada R311 até à vila onde a gente se sentou numa padaria a repor energias para o regresso! O Paulo Profirio tinha-se libertado dos seus afazeres e disse que vinha ao nosso encontro para nos ajudar(lixar mais) no regresso a casa...
No arranque surgiu a ideia de apanhar logo a N103 até casa mas o risco mandava pelas minas da Borralha e foi por lá mesmo que fomos. Um pouco mais à frente numa pedra perdida na estrada furei, problema tratado com rapidez mas que não deixou de ser um aviso para irmos sempre atentos à estrada.
Mais uma subidita ou outra até Linharelhos e estaríamos a descer por Lamalonga até à N103.
Até casa não há muito para contar, apenas o ritmo controlado para não haver chamadas para o reboque. Entretanto o Paulo encontrou-se connosco e trazia o Alexandre, o novo brasileiro, que nos fizeram companhia e se riam no estado vegetativo :D
Para as contas ficam uns ricos 170klm's que nos deram um bom entretimento ao longo de 3200D+ no meio de uma pedreira... https://www.strava.com/activities/236183352

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