domingo, 28 de abril de 2013

De Titan para Titan's.

O bom tempo tinha voltado e se a vontade de pedalar por si só já é enorme, então com a ajuda do calor a vontade aumenta. Ainda mais para mim que para me sentir bem é sempre acima dos 25graus!
Na terça feira juntou-se o Cristiano, o Paulo e o Albano para uma ida à Penha. O andamento foi rápido e chegamos ao alto mesmo com vontade de tomar um café, atestar os pneus que se vinham a queixar e seguir monte abaixo!
Mais uma vez andar à noite torna as coisas mais picantes e confesso que não sei até que ponto num dia normal, com luz natural, conseguimos descer a pista de downhill tão rápido! Como os buracos não são vistos, não são lembrados e é sempre a abrir. Em resumo, foi uma volta muito divertida em que o Albano fez o favor de levar a sirene para animar a cada passagem por locais mais povoados.

Na quinta feira de manhã levantei cedo e fui dar uma "fugidinha" com uma volta até à Assunção aproveitando para conhecer a pista de downhill até Santo Tirso. Depois com um engano fui obrigado a descer até à cidade, fazendo o resto do caminho por estrada até casa! Nesta pequena volta senti-me muito forte e imprimi um ritmo duro todo o caminho, mesmo para abrir o apetite para o almoço convívio dos Kézia. Há, quase me esqueci-a de referir que mandei um mortal quando a roda da frente enterrou na lama! É tanta potencia que só a lama me trava :D
http://app.strava.com/activities/50594350

Tal como referi no 25 de Abril é o aniversário dos Kézia e foi quase todo o dia a empurrar comida para dentro entre muitas diversões! Houve chincalhão, corda e até caminhadas para deslaçar a comida. Desta vez o encontro foi no famoso Pladur onde estivemos à vontade como sempre!
Um dia excelente de convívio e excessos gastronómicos para variar. Agradeço a todos os presentes pela diversão e também aos que não puderam ir fica já marcado na agenda para o próximo ano!
Tamanha quantidade de comida dentro de mim deu-me energia para uma volta na sexta aproveitando as mini férias do trabalho. Saí em direcção a Felgueiras, passando pela Lixa em direcção a Fafe mas ás tantas cedi ao encanto da estrada e segui para Celorico de Basto! Recordo-me de passar no Castelo de Arnoia que está meio perdido numa aldeia quase sem ninguém e por lá lembrei-me de quem teria a bela ideia de montar a seu estaleiro lá no alto se não havia ninguém cá em baixo para ser seu escravo... Terminei o pensamento imaginando que seria a casa de férias de algum reizito!
Depois de Celorico veio Fermil que me trouxe até Gandarela e Lameira...Estes ultimos klm's só os tinha feito em direcção a Mondim e por isso naquele sentido foi uma estreia.
Enquanto que descia para Fafe quase que era parado pelo vento na Pica, fazendo avizinhar o tal frio que a malta da metereologia vinha a apregoar!
Daí até casa pela pista de cicloturismo foi um rápido e sempre a ritmo certo fazendo-me chegar a casa mesmo a tempo do almoço que estava prometido...


No fim do almoço descansei um pouco e como não tinha nada marcado para a tarde continuei a saga trocando de sapatilhas ao mesmo tempo que pensava onde ir! Fui ao Pilar e à Assunção... Mais uma vez senti-me forte e o ritmo foi igual. Desta vez sem percalços e com direito a uma paragem junto a uma cascata do Rio Leça para mastigar uma barrita!
Foi uma espécie de Duatlo neste dia... Há quem jure que foi triatlo, mas ficamos por aqui com este tema!
 
Chego a casa e ao mesmo tempo de os cleats fazem o ruído a desencaixar o telefone toca. Era o Indy!
Estava a recrutar escolta para levar o E.T a Santa Isabel do Monte afim de ele alugar uma casa para as "vacant's"e já contava também com o Tico. Passei a palavra ao Brasa e ele não virou a cara, apenas retorquindo se havia rodas de milhares à mistura!
Quando de manhã os três bravos se aproximaram de mim logo o Indy me avisou que o E.T. só tinha um objectivo para o dia! Dar-me um empeno e fazer-me chiar em cada subida... A questão da casa passou logo ali para secundária. Pelo caminho até às Taipas fui retribuindo ameaças e também conversando com o Tico acerca das suas recentes paneleirices na N105 com uma bicicleta azul celeste!
  A ideia inicial seria, depois de apanhar o Brasa, subir a Briteiros mas a velocidade cruzeiro seria tal que só pestanejamos na Póvoa de Lanhoso quando começamos a subir para a N103. Um pouco mais à frente, junto a Calvos, viramos à esquerda para seguir uma estradeca de alcatrão duvidoso subindo ligeiramente a encosta ao mesmo tempo que deitávamos o olho a São Mamede cujo acesso para as nossas rodas não é muito famoso. Descemos então para a Caniçada onde o guia aproveitou para juntar as suas águas às da barragem enquanto nós seguíamos tranquilamente até perto de Valdosende.

Aqui começaria a primeira dificuldade do dia com a subida a Santa Isabel. Avisaram-me logo para não me enganar, pensando eles que eu iria atacar a subida confiante como de costume, mas hoje cedo percebi que ia acusar o esforço do dia anterior. A principio ainda esbocei uns ataques mas o Brasa vinha colado e arrastava o Tico com ele! Aí sim mentalizei-me que era para fazer doer e não tinha força para me armar em fino, fazendo com que concentra-se as forças em fazer rodar os crenques com convicção a pontos de não precisar parar. Com tamanhas glorias à minha volta, o pior que eu podia fazer à minha reputação era colocar um pé no chão e arriscar gozo até ao fim dos meus dias! Até ao topo nem uma foto tirei, por causa do que escrevi atrás. No alto junto a um cruzeiro reagrupamos e tiramos esta foto:
Eu estava contente por ter chegado cá a cima apesar de confinado ao 4º lugar da classificação. O Tico tinha-se portado melhor do que esperava tendo direito a lugar no podium, assim como o Indy. O Brasa ostentava um sorriso largo e envergando a camisola rosa de vencedor da contagem de montanha e também do Kom... Já o E.T simplesmente tinha-se arrastado até lá acima lembrando-se certamente da estúpida ideia que tinha tido horas antes de sair de casa. Enquanto conversávamos ele confessou que afinal não era preciso ir alugar a tal casa porque a esposa tinha tratado disso! Fod@-se .... Não era melhor ter ido a Viana que a estrada é mais plana e dizer isso lá?!!
Até Terras de Bouro foi sempre a descer! Descia tanto a estrada que imaginávamos horrores se fosse no sentido inverso. Só espero no futuro que ninguém se lembre de alugar supostas casas e queira fazer esta subida... Nesse dia virei munido da cassete 32!
Trocáramos então de guia e os comandos da jornada estavam na mão do Indy e suas viagens de carro. Puderiamos seguir até Covide mas o regresso teria de ser pelas Cerdeirinhas, algo que ninguém parecia querer. Continuamos a descer até ao ponto mais baixo, passando o Rio Homem numa ponte antiga e de piso rude! Teríamos de ascender até Mixões da Serra e sabendo o estado debilitado do E.T concordamos em seguir juntos até ao topo afim de ele não perder a moral e seguir connosco até ao fim. Agradava-me o estado dele confesso, porque o meu era apenas um pouco melhor e se os leões se soltassem eu ia ficar mal na fotografia!
 
A subida dura e dura e dura... No tempo, na kilometragem e na inclinação! A seguir a uma curva, vinha outra e mais outra. A cabeça só teve algum alento quando começamos a ver uma antena que indicaria o terminus, na verdade, foi uma pausa porque ainda não tinha acabado de verdade!
Durante a subida ainda passamos pela capela do Santo Amaro que apesar de morto ainda detém terrenos e faz questão que se mantenham limpos.
Apesar de não ser um terreno própriamente plano, o resto da subida até Mixões foi rápida com alguns pequenos sprint's como de costume. À chegada algumas fotos antes de entrarmos no restaurante povoado de betetistas que tinham ido pedalar e já estavam de roupa mais confortável almoçando e discutindo da possível dureza da suas jornadas!
Nós abastecemo-nos com uma sopa, semi-fria que mal cobria o fundo do prato. Estas duas modalidades também se encontram em qualquer restaurante gourmet pagando bem mais e por isso aproveitamos a promoção e comemos sem reclamar até romper o fundo rapando os cantos todos... Mais um compasso de espera e chegaram as sandes para confortar mais um pouco o corpo!
A paragem como foi algo demorada arrefecemos bastante e como seria para descer bastante tempo pedimos ao senhor do café um jornal velho para meter na parte da frente do peito. Sentiamo-nos uns prós, tendo atitudes e práticas de ciclistas profissionais quando passam o topo de uma montanha! Sorte ou não, a mim calhou-me logo esta bela moça que me aqueceu até até Prado.
Passamos a Portela de Vade, que na semana passada havíamos feito a subir, sempre em direcção a Vila Verde e depois Prado! Nota importante foi o sprint feito aqui pelo "GE" ao passar na capela da Sra do Alivio num troço de paralelo para no fim encostar e levantar a bicicleta dando um berro feito maluco! Foi um momento engraçado que fez arrancar alguns sorrisos cansados.
Daí até casa não há muito para contar porque cada um veio a andar o que podia ajudando e contribuindo como podíamos para nos manter juntos numa de diminuir o esforço.
 
Já a cerca de 100metros de casa reparei que vinha com um furo mas não parei. Acabou-se o ar mesmo no momento que desmontei a bicicleta! Olhei para ela e dei-lhe um pontapé, mentalmente falando, dizendo-lhe até à próxima... O simples patamar que tenho de subir para entrar casa dentro parecia-me uma subida de 2ª categoria e então entrar na banheira foi o culminar do esforço, dando só este pequeno troço mais cerca de 30cm's de acumulado! No fim do banho desliguei o gps, ligando-o directamente ao computador para ver que afinal tinham sido apenas 3000D+  com 152klm's de ciclismo puro e duro q.b. Isto depois do acerto :D :D :D
http://app.strava.com/activities/50971940

E até à minha rica mãe tinha prometido ficar em casa hoje para dar descanso aos pedais, mas há coisas que não consigo cumprir. Está no sangue talvez!
Fui com o Cristiano para Pevidém encontrar a malta e quando chegamos já o Martinho e o Paulo César estavam lá. Estranho! Depois percebi que iam ao passeio de Silvares dar um bocado de coça ao corpo. Como não estávamos para aí virados ficamos a tomar o pequeno almoço calmamente!
Apareceram os bravos do costume disponíveis para o empeno, desta vez ia ser até à Penha ver os carros que faziam a rampa.
Subimos por um local que nunca tínhamos exprimentado e agradou-me bastante o ritmo imposto e também a subida que se tornou bastante bonita!
Como ninguém se mostrou interessado em ir ver os carros seguimos para o São Bento das Pêras. Nota extra para o Zé que veio sempre em talega sem querer. Diz-se que já nem consegue medir a potencia que tem! Esta semana curiosamente ninguém conseguiu reparar se o Jorge retirou mais alguma grama à bike mas lá que se está a arrastar melhor, disso não duvidemos!
http://app.strava.com/activities/51123093

Continuem a pedalar porque isto, caso não tenham dado por ela, faz-nos mais felizes!


Sem comentários:

Enviar um comentário